sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O que esperar de sua visita ao dentista?

O que acontece durante a visita ao dentista?

Antes de qualquer coisa, é importante achar um profissional com quem você se sinta à vontade. O passo seguinte é marcar uma consulta para um exame completo, mesmo que aparentemente não haja nada de errado. Na sua primeira visita, o dentista fará perguntas buscando levantar um pouco do histórico da sua saúde geral. Nas visitas seguintes, não deixe de informá-lo sobre qualquer mudança no seu estado de saúde. Na maior parte das vezes, as visitas ao dentista se resumem a uma revisão do estado de integridade e higiene dos dentes. As consultas de rotina, que incluem a limpeza dos dentes e que, de preferência, devem ser feitas a cada seis meses, ajudam a manter seus dentes mais limpos e a durarem mais e ajudam a evitar o desenvolvimento de problemas que podem chegar a causar dor.


Profilaxia e limpeza dos dentes: As revisões quase sempre incluem uma limpeza geral dos dentes. O dentista usará instrumentos especiais para raspar a região do dente localizada abaixo da linha da gengiva, removendo placa e tártaro que podem causar gengivite, cáries, mau hálito e outros problemas. O profissional também poderá passar fio dental e polir os seus dentes.

Exame completo: Seu dentista fará um exame cuidadoso de seus dentes, da sua gengiva e mucosa da boca, procurando sinais de enfermidades ou outros problemas. O objetivo aqui é ajudar a manter a saúde da sua boca e, se houver problemas, identificá-los e tratá-los o mais rápido possível, antes que se agravem.

Radiografías: Dependendo da sua idade, dos riscos de doença e dos sintomas apresentados seu dentista poderá recomendar que sejam tiradas radiografias, para ajudar no diagnóstico de problemas que não poderiam ser detectados de outra maneira, como, por exemplo, danos aos ossos do maxilar ou da mandíbula, dentes que sofreram trauma, bcessos, cistos ou tumores e cáries entre os dentes. Os consultórios modernos têm aparelhos que praticamente não emitem radiação - não mais do aquela a que você se exporia se ficasse um dia no sol ou assistindo TV durante um final de semana. Como medida de precaução, você deverá usar um avental de chumbo no momento de tirar as radiografias. Em caso de gravidez, informe seu dentista, uma vez que este tipo de exame só deve ser feito em casos de emergência. Talvez seja necessário tirar uma radiografia panorâmica. Este tipo de radiografia proporciona uma imagem completa da arcada dentária inferior e superior e auxilia o dentista a analisar a oclusão e a relação entre os diferentes dentes.

Com que freqüência deve-se ir ao dentista?

Se seus dentes e gengivas estiverem em boas condições, você poderá esperar de três a seis meses até a próxima visita. Porém, se houver necessidade de tratamento (fazer uma restauração, extrair um dente do siso ou restaurar a coroa de um dente) marque uma nova consulta. Não se esqueça de fazer todas as perguntas que tiver antes do término da consulta. Esta é a oportunidade para esclarecer qualquer dúvida que tenha.

fonte: colgate.com.br

Como escolher um dentista


Como escolher meu dentista?

Um bom início é pedir referências para as pessoas em quem você confia: seus amigos, membros de sua família, conhecidos, colegas de trabalho, seu farmacêutico ou o médico da família. Pergunte a eles com que tipo de dentista fazem o seu tratamento dentário (clínico geral ou especialista), há quanto tempo tratam com este profissional e como é o relacionamento que mantém. É importante que você escolha um dentista com quem você se sinta bem. Para escolher bem seu dentista, você pode também:
Ligar para uma associação de dentistas e solicitar uma lista dos profissionais recomendáveis.
Fazer uma busca na Internet. A cada dia aumenta o número de dentistas que têm sites onde explicam seus métodos de tratamento.
Que tipo de dentista eu estou precisando?Os profissionais com formação geral são treinados para fazer todo tipo de tratamento e podem, se for preciso, indicar um dos especialistas relacionados abaixo:


  • Odontopediatra: especializado no atendimento de crianças.
  • Endodontista: diagnostica e trata de enfermidades da polpa dentária e canais radiculares (muitos dentistas gerais também fazem tratamentos de canal).
  • Protesista: especializado na confecção de coroas, próteses dentárias fixas, removíveis ou próteses totais conhecidas como dentaduras.
  • Patologista bucal: usa procedimentos laboratoriais para diagnosticar problemas bucais. Também é especializado em odontologia forense.
  • Cirurgião bucal/maxilofacial: remove cistos, tumores e dentes. É preparado para corrigir fraturas ou outros problemas que exijam tratamento cirúrgico, inclusive da articulação temporomandibular (ATM). Esses profissionais também usam métodos de cirurgia plástica para eliminar ou reduzir problemas do maxilar e da face.
  • Ortodontista: especializado na correção da posição dos dentes por meio de aparelhos ortodônticos.
  • Periodontista: especializado no diagnóstico e tratamento das doenças da gengiva.
Como se tornar um dentista?

Para se tornar um Dentista, é necessário ingressar num curso de Odontologia reconhecido pelo MEC (Ministério da Educação)e pelo Conselho Federal de Odontologia. O curso tem duração de 5 anos ou 10 semestres e dá direito a licença pelo Conselho Federal de Odontologia, através do nº de CRO, emitido pelo Conselho Regional de Odontologia de seu estado. Após o término do curso, geralmente realiza-se um curso de especialização, onde o dentista escolhe uma das áreas da Odontologia para atuar Ortodontia, Periodontia, Odontopediatria, Cirurgia, entre outras).

Fonte: colgate.com.br

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Relações dos Dentes com os Seios Maxilares







O seio maxilar é uma ampla cavidade ampla escavada no corpo da maxila. Seus esboços embrionários aparecem entre o terceiro e quarto mês de vida intra-uterina como invaginaçao ampuliforme da mucosa olfatória, atrás do canal nasolacrimal, no nível dos sulcos que separam as conchas nasais inferiores das médias, ou seja, na área do futuro meato médio do nariz. É o único divertículo paranasal existente antes do nascimento.
No feto de termo, o seio maxilar apresenta-se como uma fenda horizontal de 10 mm de largura, situada entre a órbita e o processo nasal da maxila, limitada inferiormente pelos germes dos dentes.
O crescimento do seio maxilar em sentido vertical é condicionado pela erupção dos dentes, enquanto o seu crescimento em sentido antero-posterior depende do desenvolvimento da tuberosidade da maxila.
A evolução do seio maxilar em relação à cronologia da erupção dos dentes pode ser resumida da maneira abaixo exposta.
No primeiro ano, o seio maxilar situa-se entre a órbita e os germes do canino e do primeiro molar decíduo. Aos dois anos alcança o segundo molar decíduo. Aos seis anos é a miniatura do adulto e com os seguintes tipos de relações: a) distantes dos dentes decíduos; b) complexas com o germe do canino permanente, como conseqüência dos complicados movimentos de rotação de descida deste dente; c) inicialmente intimas como o germe do primeiro pré-molar, mas depois vão ficando mais distantes; d) muito próximas do germe do segundo pré-molar; e) muito intimas com o primeiro molar; f) distantes com o segundo molar. Aos 10 anos o seio maxilar alcança o ápice do processo zigomático e dos 16 aos 18 anos tem forma e tamanhos definitivos.
Via de regra, admite-se que, entre os 7 e 8 anos de idade, o seio maxilar tem o volume de um noz, permitindo a punção exploradora.
Os conhecimentos acima expostos demonstram que existe um paralelismo do seio maxilar e a erupção dos dentes , tese defendida por Dubecq ao comprovar que o aumento do volume progressivo do seio maxilar acompanha a involução do sistema dental, tal como se observa em indivíduos desdentados que apresentam seios de grandes dimensões.

5.1 Anatomia cirúrgica do seio maxilar.

A via de abordagem preferida para o tratamento cirúrgico da sinusopatias odontogênicas é a que obedece à técnica de Caldwell-Luc, que em resumo consta das seguintes partes:
1. Incisão sobre o sulco gegivogeniano, desde a coluna frontonasal até a crista zigomático-alveolar;
2. Trepanação da fossa canina e da entrada do seio maxilar;
3. Tratamento das lesões patológicas;
4. Contra-abertura nasal praticada por uma janela óssea ao nível do meato nasal inferior atrás do canal nasolacrimal.
Em odontoestomatologia apresentam exepcional interesse as relações anatomotopográficasdo sistema dental com os seios maxilares, já que essas cavidades pneumáticas podem ser lesadas por processos patológicos originados na zona periapical de certos dentes do arco alveolar superior (sinusopatias odontogênicas).Estas noções tem valor inestimável em cirurgia bucal, portanto advertem para as perigosas complicações da abertura inadvertida da cavidade ou da introdução acidental de restos dentais no seio maxilar, que depois exigirão intervenções cirúrgicas.

Relações dos Dentes com as Fossas Nasais





Os dentes incisivos e caninos da maxila têm relações de vizinhança com o soalho das fossas nasais. O estudo dessas relações pressupõe o conhecimento prévio de certos detalhes anatômicos referentes às estruturas que conformam a parte subnasal da maxila, às características das raízes dos dentes e ao índice facial morfológico. Os fatores mencionados sem duvida gravitam em torno da topografia do dente e do nariz.
Do ponto de vista ósseo, as fossas nasais são dois corredores irregulares com o eixo antero-posterior, separados por um frágil septo nasal. São constituídas por ossos diferentes que se articulam, estruturando quatro paredes e duas aberturas, que em conjunto formam uma região comum ao crânio e á face.
O esqueleto das fossas nasais é completado por diversas peças cartilaginosas e por uma túnica mucosa que reveste, sem solução de continuidade, todas as suas paredes e as cavidades pneumáticas com as quais elas se comunicam. O soalho das fossas nasais tem aspecto de canal com concavidade superior, mais largo na parte anterior e com direção antero-posterior. É formado pelas faces superiores do processo palatino da maxila e das lâminas horizontais dos ossos palatinos, que se articulam com o vômer e constituem parte do septo nasal.
Os canais alveolares superiores anteriores circunscrevem a abertura anterior das fossas nasais a pouca distancia de sua parede inferior, peculiaridade aproveitada por Escat para obter anestesia do nervo alveolar superior anterior, colocando um tampão embebido de cocaína a 10% no soalho do nariz. A 20 mm da espinha nasal anterior está o canal incisivo.
Examinando-se a arquitetura da maxila em ser setor subnasal, é possível distinguir a presença de um relevo ósseo que, tendo origem no alvéolo canino, continua com o processo frontonasal da maxila até se perder na extremidade medial do processo supra-orbital; denomina-se coluna frontonasal e é uma parte que separa a fossa nasal do seio maxilar.
A coluna frontonasal é nitidamente desenvolvida nos carnívoros, sendo constituída por uma substancia óssea compactada cujas trabéculas se orientam estrategicamente para suportar pressões máximas.
Entre as tábuas ósseas compactas do palato e soalho nasal há uma camada de substancia esponjosa que, nos cortes paralelos ao plano sagital, tem forma triangular. A espessura ou altura da parte subnasal da maxila varia muito em relação ao índice facial morfológico, fator que, por sua vez, determina os diferentes tipos de crânio facial.de acordo com os valores desse índice facial, classificam-se os seguintes tipos antropológicos:

o Euriprosopos: órbitas, fossas nasais e palatos largos e baixos; ossos zigomáticos salientes e arcos dentais curtos e largos; diâmetro transversal bizigomático maior do que a altura da face; indivíduos de face larga e curta; pequena distancia entre os ápices dentais e o soalho das fossas nasais.
o Leptoprosopos: órbitas e fossas nasais estreitas e largas: palato ogival e arcos dentais alongados; a altura da face é maior que o diâmetro transversal bizigomático; indivíduos de face longa e estreita; os ápices dentais estão afastados do soalho das fossas nasais.
o Mesosprosopos: diâmetro transversal e altura da face equilibrados.

Sintetizando os conceitos expostos, os incisivos centrais e laterais se projetam sempre para o soalho das fossas nasais, qualquer que seja o tipo do crânio. Os caninos mantêm relações variáveis apenas nos euriprosopos, pois nos leptoprosopos estão situados num plano lateral em relação ao soalho das fossas nasais.
Em alguns casos, sobretudo nos indivíduos euriprosopos, os ápices dos dentes estão muito próximos do soalho das fossas nasais, sendo separados destas apenas por uma delgada camada óssea; nos leptoprosopos, com raízes dentais de pouco comprimento, a substancia óssea situada entres os ápices das raízes e o soalho das fossas nasais é esponjoso e tem considerável espessura.
Por outro lado, o soalho das fossas nasais, por ser côncavo, vai se elevando a medida que afasta da linha mediana em direção a coluna frontonasal, razão por que muito dificilmente algum espécime de raiz poderá atingi-lo. Pesquisas pessoais comprovaram que a distancia mínima existente entre os ápices dos dentes e o soalho das fossas nasais é de 2 mm aproximadamente.
A inclinação lingual da raiz do incisivo lateral é bem mais acentuada que a do central, e por isso o incisivo lateral vai se afastando do soalho das fossas nasais até emergir no substancia esponjosa retroalveolar. Isso explica por que os abscessos que tem origem no incisivo lateral afetam com mais freqüência o palato do que as fossas nasais.
Aos conceitos acima expostos é preciso acrescentar, como fator regulador das relações entre os dentes e as fossas nasais, o comprimento de cada raiz dental.
Em síntese, as relações anatomotopográficas dos dentes com as fossas nasais dependem de:

1. Índice facial morfológico;
2. Comprimento e direção das raízes dos dentes.

Os dentes que normalmente se relacionam com o soalho das fossas nasais, a distância variável segundo a forma da face, são os incisivos centrais e os laterais; estes últimos estão mais distantes das fossas nasais devido à direção lingual. No que diz respeito aos caninos, essas relações são possíveis nos euriprosopos, pois devido ao comprimento de sua raiz, esse é o dente que se encontra mais próximo do soalho das fossas nasais.
Não é raro encontrarem-se dentes ectópicos inclusos no soalho das fossas nasais e essa variação pode causar uma síndrome de obstrução nasal ou sinusites, quando acompanhada de secreções muco purulentas. Nesse caso, aconselha-se a abordagem cirúrgica segunda a técnica de Kretschmann. (ilustrado na figura)

Os cistos paradentais com origem em qualquer dos dentes implantados na região subnasal da maxila, quando em estágio avançado, podem comprometer a integridade anatômica do soalho das fossas nasais, empurrando a mucosa que forma uma saliência visível na rinoscopia anterior (sinal de Gerber).


Referência Bibliográfica

-Antomia Odontologica Funcional e Aplicada. Figun/Garino