quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Relações dos Dentes com os Seios Maxilares







O seio maxilar é uma ampla cavidade ampla escavada no corpo da maxila. Seus esboços embrionários aparecem entre o terceiro e quarto mês de vida intra-uterina como invaginaçao ampuliforme da mucosa olfatória, atrás do canal nasolacrimal, no nível dos sulcos que separam as conchas nasais inferiores das médias, ou seja, na área do futuro meato médio do nariz. É o único divertículo paranasal existente antes do nascimento.
No feto de termo, o seio maxilar apresenta-se como uma fenda horizontal de 10 mm de largura, situada entre a órbita e o processo nasal da maxila, limitada inferiormente pelos germes dos dentes.
O crescimento do seio maxilar em sentido vertical é condicionado pela erupção dos dentes, enquanto o seu crescimento em sentido antero-posterior depende do desenvolvimento da tuberosidade da maxila.
A evolução do seio maxilar em relação à cronologia da erupção dos dentes pode ser resumida da maneira abaixo exposta.
No primeiro ano, o seio maxilar situa-se entre a órbita e os germes do canino e do primeiro molar decíduo. Aos dois anos alcança o segundo molar decíduo. Aos seis anos é a miniatura do adulto e com os seguintes tipos de relações: a) distantes dos dentes decíduos; b) complexas com o germe do canino permanente, como conseqüência dos complicados movimentos de rotação de descida deste dente; c) inicialmente intimas como o germe do primeiro pré-molar, mas depois vão ficando mais distantes; d) muito próximas do germe do segundo pré-molar; e) muito intimas com o primeiro molar; f) distantes com o segundo molar. Aos 10 anos o seio maxilar alcança o ápice do processo zigomático e dos 16 aos 18 anos tem forma e tamanhos definitivos.
Via de regra, admite-se que, entre os 7 e 8 anos de idade, o seio maxilar tem o volume de um noz, permitindo a punção exploradora.
Os conhecimentos acima expostos demonstram que existe um paralelismo do seio maxilar e a erupção dos dentes , tese defendida por Dubecq ao comprovar que o aumento do volume progressivo do seio maxilar acompanha a involução do sistema dental, tal como se observa em indivíduos desdentados que apresentam seios de grandes dimensões.

5.1 Anatomia cirúrgica do seio maxilar.

A via de abordagem preferida para o tratamento cirúrgico da sinusopatias odontogênicas é a que obedece à técnica de Caldwell-Luc, que em resumo consta das seguintes partes:
1. Incisão sobre o sulco gegivogeniano, desde a coluna frontonasal até a crista zigomático-alveolar;
2. Trepanação da fossa canina e da entrada do seio maxilar;
3. Tratamento das lesões patológicas;
4. Contra-abertura nasal praticada por uma janela óssea ao nível do meato nasal inferior atrás do canal nasolacrimal.
Em odontoestomatologia apresentam exepcional interesse as relações anatomotopográficasdo sistema dental com os seios maxilares, já que essas cavidades pneumáticas podem ser lesadas por processos patológicos originados na zona periapical de certos dentes do arco alveolar superior (sinusopatias odontogênicas).Estas noções tem valor inestimável em cirurgia bucal, portanto advertem para as perigosas complicações da abertura inadvertida da cavidade ou da introdução acidental de restos dentais no seio maxilar, que depois exigirão intervenções cirúrgicas.

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